Semanas mortas e os anos tortos
Que vivo e conto mas só deixo estar
Cheio de caminhos vivo sem caminho
E não me encontro aonde quer que eu vá
As horas passam nada muda de lugar
E os vencedores, homens sem cores
Que deixam obras, livros, vícios
Sombras de amores que já foram algo mais
E o tempo espaço não deixou nada por aqui
E o que tu fores, sabes...
Foi um pouco menos do que deveria ser
Tudo pode ser... Melhor!
sábado, 30 de julho de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Loira perversa
Pequena, fiquei pequeno diante da distância,
sobre tudo da alma e dos nossos corações.
Dessa vez, sinto mesmo que acabou,
mas essas cinzas ainda podem me fazer o olho brilhar.
Infelizmente ou felizmente,
ainda é rotina lembrar dos seus pares perfeitos,
par de seios, par de olhos mel sempre tão cheios de desejo.
E sim, agora esse é o fim do eterno prelúdio ao futuro,
perdi assumo e assino em baixo essa dispensa.
Com orgulho decreto o fim da primeira dor de verdade,
primeiro choro de amor sem vaidade,
decreto passado tudo que passei com minha loira perversa,
incerta e certa, sem média, só fogo e paz.
Juntos fomos mais do que jamais seremos...
pode acreditar!
E se o mundo da voltas,
ou se existem almas gêmeas...
Ainda me sinto meio refém,
mas não mais da rotina.
Refém das voltas da vida,
porque se for assim, eu sei que voltará,
e se é pra ser, se tem que ser de algum jeito...
Eu sei que assim será.
sobre tudo da alma e dos nossos corações.
Dessa vez, sinto mesmo que acabou,
mas essas cinzas ainda podem me fazer o olho brilhar.
Infelizmente ou felizmente,
ainda é rotina lembrar dos seus pares perfeitos,
par de seios, par de olhos mel sempre tão cheios de desejo.
E sim, agora esse é o fim do eterno prelúdio ao futuro,
perdi assumo e assino em baixo essa dispensa.
Com orgulho decreto o fim da primeira dor de verdade,
primeiro choro de amor sem vaidade,
decreto passado tudo que passei com minha loira perversa,
incerta e certa, sem média, só fogo e paz.
Juntos fomos mais do que jamais seremos...
pode acreditar!
E se o mundo da voltas,
ou se existem almas gêmeas...
Ainda me sinto meio refém,
mas não mais da rotina.
Refém das voltas da vida,
porque se for assim, eu sei que voltará,
e se é pra ser, se tem que ser de algum jeito...
Eu sei que assim será.
domingo, 24 de julho de 2011
Sonhos
Menina...
me deixa, não me diga o que fazer
eu sei ainda tenho muito para melhorar
reconheço os meus traços tortos
meus sonhos pouco atrativos
As idéias de futuro e felicidade à metro
que pra todas garantem pouco, tudo ainda é muito incerto.
Menina...
me deixa, o problema não é você
quem sabe eu só não quero é ter o que fazer
o que fazer né...?
Ficar só na vontade pra dar forma a dor
fazer você eterna e linda,
e jovem, e pra sempre perfeita.
Menina...
me deixa, minhas poucas palavras guardadas
só dizem o quanto é grande a vontade de ser feliz
E é pena saber, que isso não faz chover
felicidade não é rentável, não faz ninguém amar você.
Menina...
não se engane, não se ama de graça
por que amar não tem graça
amar é sofrer por dois.
me deixa, não me diga o que fazer
eu sei ainda tenho muito para melhorar
reconheço os meus traços tortos
meus sonhos pouco atrativos
As idéias de futuro e felicidade à metro
que pra todas garantem pouco, tudo ainda é muito incerto.
Menina...
me deixa, o problema não é você
quem sabe eu só não quero é ter o que fazer
o que fazer né...?
Ficar só na vontade pra dar forma a dor
fazer você eterna e linda,
e jovem, e pra sempre perfeita.
Menina...
me deixa, minhas poucas palavras guardadas
só dizem o quanto é grande a vontade de ser feliz
E é pena saber, que isso não faz chover
felicidade não é rentável, não faz ninguém amar você.
Menina...
não se engane, não se ama de graça
por que amar não tem graça
amar é sofrer por dois.
sábado, 23 de julho de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Crença no poeta
Procuro você nos lugares
onde mais paro e deixo estar
Procuro por pura carência
de perder-me pra sempre em tempos distantes
Vivo as palavras borradas,
escritas com sangue e lágrimas nos nossos papéis
nos palcos onde encenamos a felicidade
e hoje encontram-se menos reluzentes
Lembro dos tombos e da oposição
dos palavrões, das tiradas, dos tapas, dos beijos e arranhões
daquelas fofocas, das mesmas cadelas
e as suas que estavam sempre contra o seu.
Então procuro de novo cometer os nossos erros
em nome da crença no poeta
reivindicando a autoria de um crime lesa-poesia
pra ter mais um pouco de você em mim
Por que vivo sabendo mesmo distante
que cada batida do meu peito...
Ainda é você.
É saber com clareza que toda dor é certeza
e por fim que não existe um fim sem sofrer
E eu que me entrego, já nem luto pra mudar
não vejo mais por que deixar pra trás...
Se é assim que deve ser; e não mais "como tudo deve ser"
Prefiro viver e amar por dois
Já que é um fardo e é fato que ainda vivo por você.
onde mais paro e deixo estar
Procuro por pura carência
de perder-me pra sempre em tempos distantes
Vivo as palavras borradas,
escritas com sangue e lágrimas nos nossos papéis
nos palcos onde encenamos a felicidade
e hoje encontram-se menos reluzentes
Lembro dos tombos e da oposição
dos palavrões, das tiradas, dos tapas, dos beijos e arranhões
daquelas fofocas, das mesmas cadelas
e as suas que estavam sempre contra o seu.
Então procuro de novo cometer os nossos erros
em nome da crença no poeta
reivindicando a autoria de um crime lesa-poesia
pra ter mais um pouco de você em mim
Por que vivo sabendo mesmo distante
que cada batida do meu peito...
Ainda é você.
É saber com clareza que toda dor é certeza
e por fim que não existe um fim sem sofrer
E eu que me entrego, já nem luto pra mudar
não vejo mais por que deixar pra trás...
Se é assim que deve ser; e não mais "como tudo deve ser"
Prefiro viver e amar por dois
Já que é um fardo e é fato que ainda vivo por você.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Algum tempo
Já há algum tempo não me atenho aos sentimentos
digo tudo que me vem pra não engasgar e nem sinto muito...
Só meço o medo e as reações
faço com olhos sérios,focados, gélidos
não há nada que me impeça, que crie papas
Mas falo pela simplicidade, pela inocência da alma
pra mantê-la clara a qualquer custo,
e ainda não encontro o que me abala, o que me assuste
As vezes me vejo andando errado
mas logo passa, sei que é o sangue quente
o sangue latino vira-lata
E não se engane, não ache bom
gelar por vezes é quase sentir dor
é quase juntar tudo numa pontada só
é quase saudade e amor
é quase perder tudo que há de bom
e o dom de ser feliz.
digo tudo que me vem pra não engasgar e nem sinto muito...
Só meço o medo e as reações
faço com olhos sérios,focados, gélidos
não há nada que me impeça, que crie papas
Mas falo pela simplicidade, pela inocência da alma
pra mantê-la clara a qualquer custo,
e ainda não encontro o que me abala, o que me assuste
As vezes me vejo andando errado
mas logo passa, sei que é o sangue quente
o sangue latino vira-lata
E não se engane, não ache bom
gelar por vezes é quase sentir dor
é quase juntar tudo numa pontada só
é quase saudade e amor
é quase perder tudo que há de bom
e o dom de ser feliz.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Os meus
Meus olhos ja se acostumaram a tanta escuridão
Que o brilho da noite, passou a me chamar
Minha alma ta pesada, meu brilho não apagou
Meus olhos são clarões de vontades e rancor
Perdido pelas ruas, achando outros meios de errar
Me perco por esporte, por não ter do que reclamar
Saudade de outros tempos, em que esses tapas eram beijos
E meus sentimentos loucos eram sempre os perfeitos.
Tempos, tempos, tempos...
Outros tempos vividos, boas lembranças, velhos amigos
E os meus ainda estão comigo
Nas pedras onde eu vou ficar.
Que o brilho da noite, passou a me chamar
Minha alma ta pesada, meu brilho não apagou
Meus olhos são clarões de vontades e rancor
Perdido pelas ruas, achando outros meios de errar
Me perco por esporte, por não ter do que reclamar
Saudade de outros tempos, em que esses tapas eram beijos
E meus sentimentos loucos eram sempre os perfeitos.
Tempos, tempos, tempos...
Outros tempos vividos, boas lembranças, velhos amigos
E os meus ainda estão comigo
Nas pedras onde eu vou ficar.
sábado, 16 de julho de 2011
Direito
Me reservo ao direito de não querer mais amar
mas meu coração por você pequena
me faz renunciar esse desejo
desejo de solidão, de ser mais eu andando só
Sem rumo, sem direção
calçado pelos meus passos contidos
e os versos escritos nos teus sombreados
nos teus negros saltos altos, nos teus beijos e amassos
Também pudera, quem iria contrariar
estes olhos de mar, sem reflexos de céu
só mar, o verde e puro mar azul
Seus revezes, suas vontades de ser só por hoje
de viver e esquecer amores
fazer sofrer quem ainda lhe quer
só te vê como mulher...
Amante louca, inconstante, inquieta
que ainda assim é de longe a mais certa.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Pra sempre é muito pouco
Acordei mais feliz do que o normal
Sonhei com os teus olhos, os arrepios, e o sorriso sincero.
Numa daquelas noites, que pra sempre eu vou lembrar
Numa das nossas noites, de amor em qualquer lugar
Vi você trocando as roupas, me dizendo pra fechar a porta
E com a vergonha quase morta eu disse que faltava pouco pra decorar
Pra ter gravado cada centímetro dessa pintura
Cada marca pelas costas, cada pedido de mais, sempre mais
E todas essas manias, pequenas nossas coisas
Que incendiavam os meus palmos pelo seu corpo.
Sonhei que te levava de novo pras pedras
Sonhei que viajamos falando e amando na trilha dos poetas
Vi você trocando pernas, me convidando, vem se divertir
Vem ser mais aqui ao meu lado
Com a cumplicidade mais pura dos olhos seus
Entendi cada palavra sem você se dizer.
E assim como deve ser...
Acordei mais feliz do que o normal.
Por isso digo, pequena eu vou levar você!
Por mais longe que seus passos te levem
Por mais que seus pensamentos te afastem
Nada pode te apagar, nada pode te levar.
E eu digo enquanto viver, repito pra sempre...
Pequena eu vou ganhar você.
Mas um fato me preocupa,
Não podemos perder tempo,
E acho que convém, condiz...
Já que a cada dia...
Só aumenta essa agonia do pra sempre ser tão pouco com você
Parecer tão pouco pra viver e ser feliz.
Sonhei com os teus olhos, os arrepios, e o sorriso sincero.
Numa daquelas noites, que pra sempre eu vou lembrar
Numa das nossas noites, de amor em qualquer lugar
Vi você trocando as roupas, me dizendo pra fechar a porta
E com a vergonha quase morta eu disse que faltava pouco pra decorar
Pra ter gravado cada centímetro dessa pintura
Cada marca pelas costas, cada pedido de mais, sempre mais
E todas essas manias, pequenas nossas coisas
Que incendiavam os meus palmos pelo seu corpo.
Sonhei que te levava de novo pras pedras
Sonhei que viajamos falando e amando na trilha dos poetas
Vi você trocando pernas, me convidando, vem se divertir
Vem ser mais aqui ao meu lado
Com a cumplicidade mais pura dos olhos seus
Entendi cada palavra sem você se dizer.
E assim como deve ser...
Acordei mais feliz do que o normal.
Por isso digo, pequena eu vou levar você!
Por mais longe que seus passos te levem
Por mais que seus pensamentos te afastem
Nada pode te apagar, nada pode te levar.
E eu digo enquanto viver, repito pra sempre...
Pequena eu vou ganhar você.
Mas um fato me preocupa,
Não podemos perder tempo,
E acho que convém, condiz...
Já que a cada dia...
Só aumenta essa agonia do pra sempre ser tão pouco com você
Parecer tão pouco pra viver e ser feliz.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Monólogo à dois
Jogo adeus e olás,
choro momentos sem paz,
sem "mas", nem meias palavras
meço e conto as contidas reaças
De batalhas sem marcos
e erros no edem
de choros, maus tratos,
dos que dão e dos que pedem
Das vestes vou as trapos,
relembro meus tropeços,
e exploro, minto, mato,
choro momentos sem paz,
sem "mas", nem meias palavras
meço e conto as contidas reaças
De batalhas sem marcos
e erros no edem
de choros, maus tratos,
dos que dão e dos que pedem
Das vestes vou as trapos,
relembro meus tropeços,
e exploro, minto, mato,
e perco, sem lutar
Contra o cerco dessa social,
que me pega o coração de jeito
e o peito sem hora certa,
ela está sempre alerta, ela está sempre certa
Me pega e eu me apego,
canto e contraponto, poetiso,
me enteatro todo, faço cenas,
julgo e cumpro penas...
Apenas por ela,
pra vê-la em peças singelas,
atuando em cenas
de um monólogo à dois
Só nós dois...
Não desce do salto por nada,
não tem medo das minhas ameaças
seu lema é ser só minha
até dizer que não quer mais
Tão sem mais,
sai de lado dando adeus
com o sorriso que aprendeu,
meu sorriso sempre louco de ateu.
Contra o cerco dessa social,
que me pega o coração de jeito
e o peito sem hora certa,
ela está sempre alerta, ela está sempre certa
Me pega e eu me apego,
canto e contraponto, poetiso,
me enteatro todo, faço cenas,
julgo e cumpro penas...
Apenas por ela,
pra vê-la em peças singelas,
atuando em cenas
de um monólogo à dois
Só nós dois...
Não desce do salto por nada,
não tem medo das minhas ameaças
seu lema é ser só minha
até dizer que não quer mais
Tão sem mais,
sai de lado dando adeus
com o sorriso que aprendeu,
meu sorriso sempre louco de ateu.
domingo, 10 de julho de 2011
Só mais uma
Ela é mais uma e esse é mais um dia
Daqueles que eu devo me lembrar
O sol queimava e tudo era igual até ela resolver passar
Com aquele biquini estampado e o sorriso safado
De quem queria um pouco mais que um olhar
E sempre consegue o que quer
Queria eu que fosse eu que ela quisesse
Mas se ela quer, como é que eu vou saber?
Ela é mais uma e eu sou mais um
Que entrou pro time que amou por um instante
Ela é mais uma e eu sou mais um
Que se demorou, pensou demais, virou coadjuvante.
Daqueles que eu devo me lembrar
O sol queimava e tudo era igual até ela resolver passar
Com aquele biquini estampado e o sorriso safado
De quem queria um pouco mais que um olhar
E sempre consegue o que quer
Queria eu que fosse eu que ela quisesse
Mas se ela quer, como é que eu vou saber?
Ela é mais uma e eu sou mais um
Que entrou pro time que amou por um instante
Ela é mais uma e eu sou mais um
Que se demorou, pensou demais, virou coadjuvante.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Imagina
Imagina a gente se esbarrar por ai
uma troca de olhares, um chopp gelado
e a maldade nas mãos pelo corpo
Se perder na madrugada, passear pelo cartão postal
entre abraços, beijos, e passadas tortas
o anseio de chegar em algum lugar
Pra encontrar
aquela constelação de estrelas
a galáxia mais bonita
esculpida ao meu lado, sempre entre o certo e o errado
eu decidi amar, me deixar levar por você...
Pés descalços pela areia
sorrisos, devaneios de princesa
e todo esse brilho, é o que me faz feliz
o fato de parecer e ser tão diferente assim
Seguro e me seguro para não cair
amo e desamo pra não deixar de ouvir um sim.
uma troca de olhares, um chopp gelado
e a maldade nas mãos pelo corpo
Se perder na madrugada, passear pelo cartão postal
entre abraços, beijos, e passadas tortas
o anseio de chegar em algum lugar
Pra encontrar
aquela constelação de estrelas
a galáxia mais bonita
esculpida ao meu lado, sempre entre o certo e o errado
eu decidi amar, me deixar levar por você...
Pés descalços pela areia
sorrisos, devaneios de princesa
e todo esse brilho, é o que me faz feliz
o fato de parecer e ser tão diferente assim
Seguro e me seguro para não cair
amo e desamo pra não deixar de ouvir um sim.
terça-feira, 5 de julho de 2011
Reticências
Um a um vão-se os anos
vão se espelhando no rosto
marcando em rugas a dor e o amor...
Esvanecem pelo caminho os amigos e histórias
esmerilham-se pouco a pouco as memórias
fica tudo pra trás...
E as noite insones tão queridas e vivas
em que as idéias gritavam e se deixavam nuas pra eternizar,
vão ficando raras, vão fazendo a noite se tornar menos amada,
um divórcio longo e sem lágrimas.
Um a um somem os irmãos,
ficam as pedras e o homem só.
As areias em que pisamos jovens
e os velhos hábitos de quem já viveu melhor.
A cidade muda, molda novas visões, intriga outras retinas.
Leva por vezes outras vidas, que inocentes ainda não conheciam seus becos sem volta.
Um a um perdem-se os amores,
faz-se menos necessária a conquista.
E assistimos então o espetáculo do fim da vida!
Onde almas se cruzam, as próximas e as nossas,
ficam por igrejas e outros enclaustros tolos,
onde fabricamos felicidade pra fingir viver sem dor
e trocamos o brilho dos olhos por essa falsa festa,
onde se dança valsa ao som de marcha fúnebre
e comemora-se essa morte lenta a dois que vira um prêmio do acaso.
Um a um dobram-se os joelhos,
vestem-se os ternos de cerimônia.
E se inicía o martírio familiar onde o morto é amado e tão doce,
antes fosse sempre assim...
Mas hoje em passos lentos, sob o sol do fim da tarde
vejo que meus ensinamentos são pouco fundamentais
há anos sou só e coadjuvante sem agonia do meu definhar.
Onde por fim, serei pedra, pó, planície
e uma vida inteira poderá se fazer assim
lapidada num epitáfio curto e com reticências...
vão se espelhando no rosto
marcando em rugas a dor e o amor...
Esvanecem pelo caminho os amigos e histórias
esmerilham-se pouco a pouco as memórias
fica tudo pra trás...
E as noite insones tão queridas e vivas
em que as idéias gritavam e se deixavam nuas pra eternizar,
vão ficando raras, vão fazendo a noite se tornar menos amada,
um divórcio longo e sem lágrimas.
Um a um somem os irmãos,
ficam as pedras e o homem só.
As areias em que pisamos jovens
e os velhos hábitos de quem já viveu melhor.
A cidade muda, molda novas visões, intriga outras retinas.
Leva por vezes outras vidas, que inocentes ainda não conheciam seus becos sem volta.
Um a um perdem-se os amores,
faz-se menos necessária a conquista.
E assistimos então o espetáculo do fim da vida!
Onde almas se cruzam, as próximas e as nossas,
ficam por igrejas e outros enclaustros tolos,
onde fabricamos felicidade pra fingir viver sem dor
e trocamos o brilho dos olhos por essa falsa festa,
onde se dança valsa ao som de marcha fúnebre
e comemora-se essa morte lenta a dois que vira um prêmio do acaso.
Um a um dobram-se os joelhos,
vestem-se os ternos de cerimônia.
E se inicía o martírio familiar onde o morto é amado e tão doce,
antes fosse sempre assim...
Mas hoje em passos lentos, sob o sol do fim da tarde
vejo que meus ensinamentos são pouco fundamentais
há anos sou só e coadjuvante sem agonia do meu definhar.
Onde por fim, serei pedra, pó, planície
e uma vida inteira poderá se fazer assim
lapidada num epitáfio curto e com reticências...
segunda-feira, 4 de julho de 2011
sábado, 2 de julho de 2011
Sabor
Eu penso o tempo todo em dias claros,
lugares assim...
Com um céu de estrelas e mar,
ar puro pra respirar.
Eu penso o tempo todo em paz a longo prazo
e seus olhos me vem num clarão,
um mergulho, um beijo, minha mão na sua mão.
Tranquilidade que não se compra,
exige brilho nos olhos e talento pra gostar de sombra.
Eu penso o tempo todo em sono pesado
pra dormir abraçado com você sem hora pra levantar...
Rede, lombra, água de coco,
uma varanda e sol pra queimar.
Uma prancha, um sangue
e um vento daquele que destranca o mar.
Cachorro latindo, criança correndo,
chamando pra mergulhar...
Seus olhos na pequena e os mesmos cabelos loiros,
mais motivos pra eu pensar demais o tempo todo.
Sabor amar, sabor saber viver,
sabor levar a vida que tu quis pros teus.
Sabor amar, sabor saber viver,
sabor levar a vida que tu quis pros teus.
lugares assim...
Com um céu de estrelas e mar,
ar puro pra respirar.
Eu penso o tempo todo em paz a longo prazo
e seus olhos me vem num clarão,
um mergulho, um beijo, minha mão na sua mão.
Tranquilidade que não se compra,
exige brilho nos olhos e talento pra gostar de sombra.
Eu penso o tempo todo em sono pesado
pra dormir abraçado com você sem hora pra levantar...
Rede, lombra, água de coco,
uma varanda e sol pra queimar.
Uma prancha, um sangue
e um vento daquele que destranca o mar.
Cachorro latindo, criança correndo,
chamando pra mergulhar...
Seus olhos na pequena e os mesmos cabelos loiros,
mais motivos pra eu pensar demais o tempo todo.
Sabor amar, sabor saber viver,
sabor levar a vida que tu quis pros teus.
Sabor amar, sabor saber viver,
sabor levar a vida que tu quis pros teus.
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