sábado, 16 de julho de 2011

Direito

Me reservo ao direito de não querer mais amar
mas meu coração por você pequena
me faz renunciar esse desejo
desejo de solidão, de ser mais eu andando só

Sem rumo, sem direção
calçado pelos meus passos contidos
e os versos escritos nos teus sombreados
nos teus negros saltos altos, nos teus beijos e amassos

Também pudera, quem iria contrariar
estes olhos de mar, sem reflexos de céu
só mar, o verde e puro mar azul

Seus revezes, suas vontades de ser só por hoje
de viver e esquecer amores
fazer sofrer quem ainda lhe quer
só te vê como mulher...

Amante louca, inconstante, inquieta
que ainda assim é de longe a mais certa.

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