Ela me aprontou mais uma,
deu pra aparecer de novo nos meus sonhos,
quis que fosse hoje,
exatamente quando fez um ano.
Poderia ser coincidência,
provavelmente algo do subconsciente,
mas me chocou essa coisa das datas baterem,
me deu um susto, senti um aperto,
os olhos se encheram de lágrimas.
É, besteira, acho que ando muito chorão,
mas é que ela sempre foi um ponto fraco,
sempre trouxe mais de uma sensação,
tinhamos um troço transcendente,
coisa de alma, de vidas, de tempos distantes,
talvez ela me abandone todas as vezes,
talvez por isso o amor só cresça,
talvez por isso eu seja assim tão triste.
Ela me aprontou mais uma
e me deixou assim pra baixo em pleno carnaval,
me arrancou de mim mesmo
e chutou pra um canto escuro com cheiro de veneno,
fazendo referência há outros tempos,
pediu desculpas, alegou esquecimento.
Ela me aprontou mais uma,
já não se importa mais com nada,
não se importa mais comigo,
não tem coração,
não tem amor nenhum,
esqueceu, perdeu-se de mim...
Me trocou, sumiu deixando apenas
a lembrança de sua candura,
dos olhos vívidos
e do sorriso fácil que sempre trazia.
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