Sempre nós dois
ao som de Tom ou do Vinicius lá em Portugal...
é o cotidiano que encanta e faz cantar,
deita do meu lado encosta e pede com carinho pra eu não levantar.
Lá fora o vento sopra, o tempo passa, tão sem graça e tão vazio,
curvam-se os coqueiros, fecham-se os sinais,
quebram ondas e eu perco isso tudo pra encontrar minha paz.
A gente divide o travesseiro, canta o refrão junto,
se emociona, e só pede pra não viver em vão,
é um amor de cinema, a trilha é tão óbvia e o lugar é Ipanema...
"É só tinha de ser com você", não sei o porque, nem pra quê,
mas a ponta de céu que eu vejo da janela, só me encanta quando estou com ela.
O redentor e o céu azul, é tudo tão lindo e mais feliz,
é tudo isso que eu sempre quis,
e esse Rio de amor que eu encontrei...
Não deve se perder!
terça-feira, 26 de abril de 2011
Notívago
Notívago...
entretido pela falta de luz.
Sombrio...
mas sempre anestesiado pelos olhos que só vêem o sublime.
Partindo dessa pra melhor todas as noites,
acompanhado de tons que só tocam ao acaso,
como por mágica, como fosse uma tática, pra escurecer melhor.
Seus passos são marcados por palavras fluindo como um rio,
esperto, certeiro, sabido...
E não há nada como o saber, saber falar de amor, saber viver,
levar a dor com os mesmos olhos que só vêem o sublime e não se ferem,
saboreiam essa dor, como quem toca, com desejo, com ardor.
Movido entre os extremos,
mas se guardando, sem aguardar...
A paciência que nunca teve
e que por onde esteve não se viu presente.
Perdeu muitos sem perdoar,
por não saber desvencilhar,
diferenciar um sentimento de um momento.
Aprendeu por mal a obter seus trunfos,
mas jamais perdeu a fraqueza de chorar triunfos.
Pouco fiel, pouco pose, muito duro, cruel pra quem vê distante,
pra quem espera por um príncipe, cavalheiro, um amante...
Quem sabe...
dependendo da noite, da luz, da estrada,
dependendo do caminho, da direção, da passada
um príncipe, cavaleiro andante, eterno amante da madrugada.
entretido pela falta de luz.
Sombrio...
mas sempre anestesiado pelos olhos que só vêem o sublime.
Partindo dessa pra melhor todas as noites,
acompanhado de tons que só tocam ao acaso,
como por mágica, como fosse uma tática, pra escurecer melhor.
Seus passos são marcados por palavras fluindo como um rio,
esperto, certeiro, sabido...
E não há nada como o saber, saber falar de amor, saber viver,
levar a dor com os mesmos olhos que só vêem o sublime e não se ferem,
saboreiam essa dor, como quem toca, com desejo, com ardor.
Movido entre os extremos,
mas se guardando, sem aguardar...
A paciência que nunca teve
e que por onde esteve não se viu presente.
Perdeu muitos sem perdoar,
por não saber desvencilhar,
diferenciar um sentimento de um momento.
Aprendeu por mal a obter seus trunfos,
mas jamais perdeu a fraqueza de chorar triunfos.
Pouco fiel, pouco pose, muito duro, cruel pra quem vê distante,
pra quem espera por um príncipe, cavalheiro, um amante...
Quem sabe...
dependendo da noite, da luz, da estrada,
dependendo do caminho, da direção, da passada
um príncipe, cavaleiro andante, eterno amante da madrugada.
terça-feira, 19 de abril de 2011
Outros
Outros encantos me encantam de um tempo pra cá,
vejo bobagens inocentes,
vejo o que é pleno, e agora de repente; me diz mais.
Mesmos lugares de jeitos estranhos,
cristo em nuvens, montanhas molhadas, a praia vazia sem luz.
Vejo passos errados,
sombras que se esbarram sem dó.
Vejo o valor que hoje tem, os mesmos livros, o mesmo pó,
as palavras repetidas, em versos, em nó,
que dizem o quanto eu andei por aí...
A procura de quê?
Andando pra se perder,
perdendo pra se achar,
colecionar olhares sem vê-las melhor...
Achando em cantos escuros,
encantos que o brilho do mármore não traz...
Marcando encontros, por acaso,
marcando pontos no atraso.
vejo bobagens inocentes,
vejo o que é pleno, e agora de repente; me diz mais.
Mesmos lugares de jeitos estranhos,
cristo em nuvens, montanhas molhadas, a praia vazia sem luz.
Vejo passos errados,
sombras que se esbarram sem dó.
Vejo o valor que hoje tem, os mesmos livros, o mesmo pó,
as palavras repetidas, em versos, em nó,
que dizem o quanto eu andei por aí...
A procura de quê?
Andando pra se perder,
perdendo pra se achar,
colecionar olhares sem vê-las melhor...
Achando em cantos escuros,
encantos que o brilho do mármore não traz...
Marcando encontros, por acaso,
marcando pontos no atraso.
Secou a fonte
Secou a fonte, bicho...
meu medo esconde tudo que eu ainda tinha pra dizer.
Me sinto um lixo, bicho...
coisas tão simples e eu não sei o que fazer.
Mulheres não tem merecido meus versos
e o tempo passa sem graça, sem cores, hi e bye-bye.
Nada me toca, nada me tira da toca,
vivo com a barba por fazer.
Me olhei no espelho outro dia e já me vi tão velho,
me deprimo à toa a alguns dias, não sei mais me manter cego.
Tudo me incomoda, gente velha, nova e morta,
não suporto ouvir a moda, preciso mesmo me mudar...
Quem sabe de planeta, tomara que ela não se intrometa,
nem me diga o que devo fazer...
Quero meu pôster do Pacino e minhas revistas de sacanagem,
quero tudo que meu mundo me ensinou...
Quero a prancha e o john no armário,
o Dvd do Romário e meus vinte e poucos anos pra correr.
Me deixa viver, me deixa ver a vida em um segundo se acabar,
um suspiro e um sonho, um caixa, troco e esmola,
Rio á dentro vou só por andar e perco as horas.
Secou a fonte, bicho...
meu medo esconde tudo aquilo que eu ainda tinha pra dizer.
Me sinto um lixo, bicho...
coisas tão simples e eu não sei o que fazer.
Andei meio sem tato por aí...
mas agora quero meu mundo de volta,
não quero esperar as voltas que dizem que a vida dá.
É tudo um retrato em branco e preto,
e feliz é o ócio, o sossego que tanto demorei pra conquistar...
Quero tardes e pé pro alto, ir na pedra e dar um salto,
minha parede pintada de verde...
Quero chamar o que é meu, de meu!
Dizer bobiou perdeu,
agora não da mais...
Secou a fonte, bicho, a paciência acabou.
Secou a fonte, bicho, acho que eu não sei mais falar de amor.
meu medo esconde tudo que eu ainda tinha pra dizer.
Me sinto um lixo, bicho...
coisas tão simples e eu não sei o que fazer.
Mulheres não tem merecido meus versos
e o tempo passa sem graça, sem cores, hi e bye-bye.
Nada me toca, nada me tira da toca,
vivo com a barba por fazer.
Me olhei no espelho outro dia e já me vi tão velho,
me deprimo à toa a alguns dias, não sei mais me manter cego.
Tudo me incomoda, gente velha, nova e morta,
não suporto ouvir a moda, preciso mesmo me mudar...
Quem sabe de planeta, tomara que ela não se intrometa,
nem me diga o que devo fazer...
Quero meu pôster do Pacino e minhas revistas de sacanagem,
quero tudo que meu mundo me ensinou...
Quero a prancha e o john no armário,
o Dvd do Romário e meus vinte e poucos anos pra correr.
Me deixa viver, me deixa ver a vida em um segundo se acabar,
um suspiro e um sonho, um caixa, troco e esmola,
Rio á dentro vou só por andar e perco as horas.
Secou a fonte, bicho...
meu medo esconde tudo aquilo que eu ainda tinha pra dizer.
Me sinto um lixo, bicho...
coisas tão simples e eu não sei o que fazer.
Andei meio sem tato por aí...
mas agora quero meu mundo de volta,
não quero esperar as voltas que dizem que a vida dá.
É tudo um retrato em branco e preto,
e feliz é o ócio, o sossego que tanto demorei pra conquistar...
Quero tardes e pé pro alto, ir na pedra e dar um salto,
minha parede pintada de verde...
Quero chamar o que é meu, de meu!
Dizer bobiou perdeu,
agora não da mais...
Secou a fonte, bicho, a paciência acabou.
Secou a fonte, bicho, acho que eu não sei mais falar de amor.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Ana
Andavas tão desavisada,
abençoada pelo acaso, perdida por tantos caminhos.
E esses olhos escuros que deram nome a ternura
hoje já não brilham por qualquer rapaz...
Lágrimas desceram tanto
que enrugaram as mãos
de quem nada tinha a ver com isso.
Prantos em tantas partes da cidade,
loucuras, chuvas de verdades
que a madrugada vem gritar aos seus ouvidos...
Chora, menina, chora que faz bem chorar
e vai deitar junto a quem lhe fez despetalar.
Abraça o espinho que te corta
e vê se não se faz de morta,
que a madrugada ainda tem muito pra te mostrar,
muito pra machucar.
E esses corações levianos,
ficam jovens com o passar dos anos...
Cruéis como a rotina de quem vive por viver
e não faz planos pra não sofrer.
abençoada pelo acaso, perdida por tantos caminhos.
E esses olhos escuros que deram nome a ternura
hoje já não brilham por qualquer rapaz...
Lágrimas desceram tanto
que enrugaram as mãos
de quem nada tinha a ver com isso.
Prantos em tantas partes da cidade,
loucuras, chuvas de verdades
que a madrugada vem gritar aos seus ouvidos...
Chora, menina, chora que faz bem chorar
e vai deitar junto a quem lhe fez despetalar.
Abraça o espinho que te corta
e vê se não se faz de morta,
que a madrugada ainda tem muito pra te mostrar,
muito pra machucar.
E esses corações levianos,
ficam jovens com o passar dos anos...
Cruéis como a rotina de quem vive por viver
e não faz planos pra não sofrer.
sábado, 16 de abril de 2011
quinta-feira, 14 de abril de 2011
A mais linda
Brilha o dia se te vejo,
eu não te tenho mas me atenho ao seu andar.
Na rua as côrtes se misturam,
e não me vejo bobo assim faz tanto tempo.
E se eu falar que te quero,
que eu te espero sempre pra sonhar...
E se eu falar que já faz tempo,
que os meus olhos só brilham pra te ver passar.
Aquelas marcas,
tuas dichavas,
Olhares puros,
encantados,
As tuas costas,
covas expostas,
Olhares nulos,
desregrados...
Fases que te fazem sempre inédita de sentir,
detalhes que te tornam sempre a mais linda que já vi.
A pele branca,
sorrisos tagarelas,
Ondas nos ombros,
felizes aquarelas...
E brilha o dia se te vejo,
eu não te tenho mas me atenho ao seu andar.
Te ver é prêmio, um salve pro acaso,
quem sabe um dia eu não dou sorte, um caso,
e se você quiser eu vou além... eu caso!
eu não te tenho mas me atenho ao seu andar.
Na rua as côrtes se misturam,
e não me vejo bobo assim faz tanto tempo.
E se eu falar que te quero,
que eu te espero sempre pra sonhar...
E se eu falar que já faz tempo,
que os meus olhos só brilham pra te ver passar.
Aquelas marcas,
tuas dichavas,
Olhares puros,
encantados,
As tuas costas,
covas expostas,
Olhares nulos,
desregrados...
Fases que te fazem sempre inédita de sentir,
detalhes que te tornam sempre a mais linda que já vi.
A pele branca,
sorrisos tagarelas,
Ondas nos ombros,
felizes aquarelas...
E brilha o dia se te vejo,
eu não te tenho mas me atenho ao seu andar.
Te ver é prêmio, um salve pro acaso,
quem sabe um dia eu não dou sorte, um caso,
e se você quiser eu vou além... eu caso!
Só idéias
Mil idéias vivas
num horizonte que esbraveja,
estrelas cantam as minhas trilhas mortas...
E caem por pedidos, por alguns olhares
que vagam perdidos nessa imensidão.
Esse brilho me confunde, são luzes que maltratam,
maldam os meus sonhos de criança.
Mas fazem papel importante nessa falta de crença na esperança.
num horizonte que esbraveja,
estrelas cantam as minhas trilhas mortas...
E caem por pedidos, por alguns olhares
que vagam perdidos nessa imensidão.
Esse brilho me confunde, são luzes que maltratam,
maldam os meus sonhos de criança.
Mas fazem papel importante nessa falta de crença na esperança.
terça-feira, 12 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Ideologia
Logo cedo sentado na poltrona em frente ao jornal,
peço coragem pra abrir sem me arrepender...
Sangue no pão, minério no café,
as sete da manhã ninguém falou do Che e o Rei ainda é o Pelé.
Revolucionários, onde é que estão vocês?
Escondidos; feito os velhos malandros da lapa?
Revolucinários... De gravata!!
Prefiro não acreditar...
Ideologia, eu quero uma pra morrer.
Ideologia, eu quero uma pra morrer em paz.
peço coragem pra abrir sem me arrepender...
Sangue no pão, minério no café,
as sete da manhã ninguém falou do Che e o Rei ainda é o Pelé.
Revolucionários, onde é que estão vocês?
Escondidos; feito os velhos malandros da lapa?
Revolucinários... De gravata!!
Prefiro não acreditar...
Ideologia, eu quero uma pra morrer.
Ideologia, eu quero uma pra morrer em paz.
Fases
Eu quero um pouquinho de céu, amigo,
eu quero os segredos da noite pra mim.
Noite rouca, de maus-tratos,
aos berros no jardim de alá, enterro sentimentos
e alterno camisetas e ternos, sem lamento.
Dia ruim de cansaço
aos prantos no chão do quarto, semeio sentimentos mortos
e alterno tiros e tragos, com copos.
Nesse rio nada mais me encanta
e os vários quadros na parede,
esses tapas e tapetes falsos como nota de três.
Não sei se duro mais um mês,
nesse mundo que criei pra mim,
entre a sala e o quarto, entre o bar e o mar,
as vezes é muito bom errar de lar.
Noite rouca de maus-tratos,
e se ando caindo por aí, é por que tenho apreço pelos ratos.
Ouço as pedras e tudo o que elas dizem,
os resmungos, rancores guardados, das pisadas mal dadas,
e ainda tenho tempo de sentir pena dos que conhecem a dor,
de querer dizer e não saber falar de amor.
Dia ruim, de cansaço,
e ela me enche a paciência, não quer mal dadas,
quer mãos dadas e tudo com amor.
Andando e caçando sempre um algo mais,
um canto a mais pra cantar...
Nesse rio, vivido do leme ao pontal, do baixo ao redentor,
rio eterno rio, rio de fases, rio de amor.
eu quero os segredos da noite pra mim.
Noite rouca, de maus-tratos,
aos berros no jardim de alá, enterro sentimentos
e alterno camisetas e ternos, sem lamento.
Dia ruim de cansaço
aos prantos no chão do quarto, semeio sentimentos mortos
e alterno tiros e tragos, com copos.
Nesse rio nada mais me encanta
e os vários quadros na parede,
esses tapas e tapetes falsos como nota de três.
Não sei se duro mais um mês,
nesse mundo que criei pra mim,
entre a sala e o quarto, entre o bar e o mar,
as vezes é muito bom errar de lar.
Noite rouca de maus-tratos,
e se ando caindo por aí, é por que tenho apreço pelos ratos.
Ouço as pedras e tudo o que elas dizem,
os resmungos, rancores guardados, das pisadas mal dadas,
e ainda tenho tempo de sentir pena dos que conhecem a dor,
de querer dizer e não saber falar de amor.
Dia ruim, de cansaço,
e ela me enche a paciência, não quer mal dadas,
quer mãos dadas e tudo com amor.
Andando e caçando sempre um algo mais,
um canto a mais pra cantar...
Nesse rio, vivido do leme ao pontal, do baixo ao redentor,
rio eterno rio, rio de fases, rio de amor.
Tristeza fez um samba
Vejo o cristo da janela, lindo, só falta me consolar...
pra quê toda essa imensidão, se só cresce no peito um deserto e solidão.
Ela já não diz mais nada, só me enfraquece o coração,
e eu que não sei o por que disso, a muito tempo já não me presto a sofrer...
Mas passa o tempo, e ao relento como sempre, eu hei de me encontrar.
Mas passa o tempo, e ao relento como sempre, eu hei de me encontrar.
Por que só triste assim, se diz o que sente,
e a alegria é um sorriso em preto e branco.
Mas não há lágrimas que chorem e mostrem a dor de uma ilusão.
Mas não há lágrimas que escrevam e que mostrem de verdade a dor de uma paixão.
pra quê toda essa imensidão, se só cresce no peito um deserto e solidão.
Ela já não diz mais nada, só me enfraquece o coração,
e eu que não sei o por que disso, a muito tempo já não me presto a sofrer...
Mas passa o tempo, e ao relento como sempre, eu hei de me encontrar.
Mas passa o tempo, e ao relento como sempre, eu hei de me encontrar.
Por que só triste assim, se diz o que sente,
e a alegria é um sorriso em preto e branco.
Mas não há lágrimas que chorem e mostrem a dor de uma ilusão.
Mas não há lágrimas que escrevam e que mostrem de verdade a dor de uma paixão.
sábado, 9 de abril de 2011
Já são quase vinte
Quase vinte a mil por hora
e ainda não sei pra onde vou.
Bateu um desespero de repente
e eu percebi que o tempo não parou...
E as esquinas não me dizem mais nada,
não vejo as pedras falarem de amor...
Minhas meninas estão diferentes
e todas elas querem mais do que eu sou,
merecem mais do que eu sou.
É que tudo que eu tenho, hoje é o que eu tenho pra dizer
e umas medalhas na parede, tintas, letras de amor.
Fotos, retratos, rabiscos, momentos, sorrisos,
de tempos que eu queria poder lembrar bem mais...
Quase vinte a mil por hora
e ainda não sei pra onde vou.
Bateu um desespero de repente
e eu percebi que o tempo não parou.
A paisagem muda pouco, o mesmo céu e o mesmo mar,
prédios, casas, ruas, cristo redentor, meu lar.
Mesmos barulhos da sacada, mesma árvore da sorte.
Mesmo brinde em família que ainda me lembra a morte.
E o tempo não parou, e o tempo não parou,
e o tempo não parou por aqui...
É que tudo que eu tenho, hoje é o que eu tenho pra dizer
e cicatrizes pelo rosto, brigas, lágrimas e um olhar fosco
de quem sempre quis um pouco mais, sonhou um pouco mais.
Olhares, lugares, meus sons preferidos, ruídos,
vultos entorpecidos e os meus velhos óculos escuros.
E o tempo não parou, e o tempo não parou,
e o tempo não parou por aqui...
É que tudo que eu tenho, hoje é o que eu tenho pra dizer
e isso nem me faz sentir melhor.
e ainda não sei pra onde vou.
Bateu um desespero de repente
e eu percebi que o tempo não parou...
E as esquinas não me dizem mais nada,
não vejo as pedras falarem de amor...
Minhas meninas estão diferentes
e todas elas querem mais do que eu sou,
merecem mais do que eu sou.
É que tudo que eu tenho, hoje é o que eu tenho pra dizer
e umas medalhas na parede, tintas, letras de amor.
Fotos, retratos, rabiscos, momentos, sorrisos,
de tempos que eu queria poder lembrar bem mais...
Quase vinte a mil por hora
e ainda não sei pra onde vou.
Bateu um desespero de repente
e eu percebi que o tempo não parou.
A paisagem muda pouco, o mesmo céu e o mesmo mar,
prédios, casas, ruas, cristo redentor, meu lar.
Mesmos barulhos da sacada, mesma árvore da sorte.
Mesmo brinde em família que ainda me lembra a morte.
E o tempo não parou, e o tempo não parou,
e o tempo não parou por aqui...
É que tudo que eu tenho, hoje é o que eu tenho pra dizer
e cicatrizes pelo rosto, brigas, lágrimas e um olhar fosco
de quem sempre quis um pouco mais, sonhou um pouco mais.
Olhares, lugares, meus sons preferidos, ruídos,
vultos entorpecidos e os meus velhos óculos escuros.
E o tempo não parou, e o tempo não parou,
e o tempo não parou por aqui...
É que tudo que eu tenho, hoje é o que eu tenho pra dizer
e isso nem me faz sentir melhor.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Meu lado cafajeste
Perdi meu futuro sorrindo no passado
e rio até hoje nesse Rio de quem diz que eu to errado...
Mudado bem pouco apesar das falácias
degustando outros sabores
vendo cores sem sonhar...
Sempre por perto,
eu vivo leve, levitando
sem ter do que reclamar.
No baixo um dia sonhei com a PUC
pensando no "American Pie"
mas logo me recuperei, vi que tava doidão demais!
Fui na igreja e dei descarga,
lavei o rosto como quem não quer nada.
Saí e voltei pro mesmo canto,
pedi logo duas pra mim e pro santo.
Meu lado cafajeste barato
é mais nobre que teus mil engravatados.
Por isso esqueça esse lance careta de esnobar,
pense só nessa noite que a longo prazo tudo pode machucar.
Meu lado cafajeste barato,
é mais nobre que teus mil engravatados.
Por isso não veja o lado ruim
e esqueça um pouco do que os teus dizem.
Não é cilada...
Venha pra mim com os olhos sinceros de quem não teme nada.
e rio até hoje nesse Rio de quem diz que eu to errado...
Mudado bem pouco apesar das falácias
degustando outros sabores
vendo cores sem sonhar...
Sempre por perto,
eu vivo leve, levitando
sem ter do que reclamar.
No baixo um dia sonhei com a PUC
pensando no "American Pie"
mas logo me recuperei, vi que tava doidão demais!
Fui na igreja e dei descarga,
lavei o rosto como quem não quer nada.
Saí e voltei pro mesmo canto,
pedi logo duas pra mim e pro santo.
Meu lado cafajeste barato
é mais nobre que teus mil engravatados.
Por isso esqueça esse lance careta de esnobar,
pense só nessa noite que a longo prazo tudo pode machucar.
Meu lado cafajeste barato,
é mais nobre que teus mil engravatados.
Por isso não veja o lado ruim
e esqueça um pouco do que os teus dizem.
Não é cilada...
Venha pra mim com os olhos sinceros de quem não teme nada.
Veias verdes
Nas veias verdes das palmeiras do jardim
tranquilizam-se aos montes os seus filhos,
esperando algo que sintetize com sucesso a paz.
Nessas avenidas, corredores de uma vida
protagonizada com esplendor pelos seus coadjuvantes,
nos cantos, nas estantes,
quinas de pé sujo, esquinas de mulher,
pessoas livres, sem correntes com o céu...
Fumaça, um trago, um riso,
uma fala, um improviso,
e vai...
A elegância que destrói
não rói os meus sentidos
e da ouvidos ao seu ego que não serve mais pra mim.
Em duas rodas ou quem sabe na canela eu vou levando,
vou pensando, vou voltando ao meu lugar,
vagando cheio na cara e no coração...
Vou eu de novo pelas minhas pedras lusitanas
e os meus passos preferidos, repetidos por mais vezes do que eu conto...
Em meus pontos que não entram contrapontos pra partilhar do refrão,
todos são sempre tão tortos e vadios, arredios, com pés na areia e copos vazios pelo chão.
tranquilizam-se aos montes os seus filhos,
esperando algo que sintetize com sucesso a paz.
Nessas avenidas, corredores de uma vida
protagonizada com esplendor pelos seus coadjuvantes,
nos cantos, nas estantes,
quinas de pé sujo, esquinas de mulher,
pessoas livres, sem correntes com o céu...
Fumaça, um trago, um riso,
uma fala, um improviso,
e vai...
A elegância que destrói
não rói os meus sentidos
e da ouvidos ao seu ego que não serve mais pra mim.
Em duas rodas ou quem sabe na canela eu vou levando,
vou pensando, vou voltando ao meu lugar,
vagando cheio na cara e no coração...
Vou eu de novo pelas minhas pedras lusitanas
e os meus passos preferidos, repetidos por mais vezes do que eu conto...
Em meus pontos que não entram contrapontos pra partilhar do refrão,
todos são sempre tão tortos e vadios, arredios, com pés na areia e copos vazios pelo chão.
Enteatre-se
Enteatre-se, pequena,
com esses olhos verdes de esmeralda,
molhe-os pra lavar, pra enganar a janela da alma...
E esse sorriso, transparece uma pureza que eu não vejo mais,
mas esse brilho ofusca tudo aquilo que só importa pros demais.
Brilha pra mim, nesse palco de nós dois,
viva pra mim que aplausos não faltarão pros nossos sonhos.
Ah se o chão fosse branco e o teto fosse azul,
acharia meu lugar no céu bem antes de me mudar, de me mandar daqui...
Enteatre-se pequena
e vista aquela roupa facil de tirar,
diga a todos que já vamos
e que não vamos dar notícias.
com esses olhos verdes de esmeralda,
molhe-os pra lavar, pra enganar a janela da alma...
E esse sorriso, transparece uma pureza que eu não vejo mais,
mas esse brilho ofusca tudo aquilo que só importa pros demais.
Brilha pra mim, nesse palco de nós dois,
viva pra mim que aplausos não faltarão pros nossos sonhos.
Ah se o chão fosse branco e o teto fosse azul,
acharia meu lugar no céu bem antes de me mudar, de me mandar daqui...
Enteatre-se pequena
e vista aquela roupa facil de tirar,
diga a todos que já vamos
e que não vamos dar notícias.
De segunda a segunda!
Acorda cedo vai,
Veste o chinelo igual ao terno,
coloca a bermuda mais velha,
sacode o cabelo, acha os óculos escuros,
e vai pra praia igual a todos os dias...
De segunda a segunda se o sol firmar,
no mesmo canto, sempre no mesmo lugar.
E vão passando os anos rapaz,
não pense assim que só o mar vai te fazer feliz.
Sua paz não vale mais o mesmo de sempre,
seu jeito é o mesmo desde que me lembro,
e o que não lembro hoje é melhor deixar pra lá...
Pergunte a ele o que é que move seus pés...
dizem que é o que pensa e o que quer, e o que quer, e o que não quer querer.
Não importa o que falem
ou quanto latem do outro lado da porta,
falta de consciência, credibilidade morta.
Mas ele vai pra praia relaxar, refúgio abençoado
nada lava alma melhor que um banho de mar...
De segunda a segunda se o sol firmar,
na mesma praia, o mesmo canto, no mesmo lugar.
Sua paz já ta valendo bem mais do que antes
e seu jeito que não muda é o que faz brilhar.
Sorriso radiante, esquecer virou talento,
e se não lembro, talvez seja melhor assim.
Pergunte a ele o que é que move seus pés...
dizem que é o que diz, e o que quis, e o que fez, e o que tem pra dizer.
uma ducha fria e a preguiça sai.
Veste o chinelo igual ao terno,
coloca a bermuda mais velha,
sacode o cabelo, acha os óculos escuros,
e vai pra praia igual a todos os dias...
De segunda a segunda se o sol firmar,
no mesmo canto, sempre no mesmo lugar.
E vão passando os anos rapaz,
não pense assim que só o mar vai te fazer feliz.
Sua paz não vale mais o mesmo de sempre,
seu jeito é o mesmo desde que me lembro,
e o que não lembro hoje é melhor deixar pra lá...
Pergunte a ele o que é que move seus pés...
dizem que é o que pensa e o que quer, e o que quer, e o que não quer querer.
De segunda a segunda, porque Deus é brother! |
ou quanto latem do outro lado da porta,
falta de consciência, credibilidade morta.
Mas ele vai pra praia relaxar, refúgio abençoado
nada lava alma melhor que um banho de mar...
De segunda a segunda se o sol firmar,
na mesma praia, o mesmo canto, no mesmo lugar.
Sua paz já ta valendo bem mais do que antes
e seu jeito que não muda é o que faz brilhar.
Sorriso radiante, esquecer virou talento,
e se não lembro, talvez seja melhor assim.
Pergunte a ele o que é que move seus pés...
dizem que é o que diz, e o que quis, e o que fez, e o que tem pra dizer.
Simplicidade
Difícil dizer o que quero
o que espero desse mundo à toa
Além da vida boa,
uma rainha, e um pouco mais de paz,
porque nunca é demais querer sossego.
Quero desapego!
Céu e mar a perder de vista,
e que não exista nada além do seu amor.
Da sacada eu vejo bem mais do que queria,
do que precisaria para ser feliz.
E sopro pensamentos, sussurros sem filtro,
feito fumaça de produto natural.
Quero desapego!
Harmonia, amor e paz,
e que não exista nada além do que te faz...
Feliz.
o que espero desse mundo à toa
Além da vida boa,
uma rainha, e um pouco mais de paz,
porque nunca é demais querer sossego.
Quero desapego!
Céu e mar a perder de vista,
e que não exista nada além do seu amor.
Da sacada eu vejo bem mais do que queria,
do que precisaria para ser feliz.
E sopro pensamentos, sussurros sem filtro,
feito fumaça de produto natural.
Quero desapego!
Harmonia, amor e paz,
e que não exista nada além do que te faz...
Feliz.
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