segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ana

Andavas tão desavisada,
abençoada pelo acaso, perdida por tantos caminhos.

E esses olhos escuros que deram nome a ternura
hoje já não brilham por qualquer rapaz...

Lágrimas desceram tanto
que enrugaram as mãos
de quem nada tinha a ver com isso.

Prantos em tantas partes da cidade,
loucuras, chuvas de verdades
que a madrugada vem gritar aos seus ouvidos...

Chora, menina, chora que faz bem chorar
e vai deitar junto a quem lhe fez despetalar.

Abraça o espinho que te corta
e vê se não se faz de morta,
que a madrugada ainda tem muito pra te mostrar,
muito pra machucar.

E esses corações levianos,
ficam jovens com o passar dos anos...

Cruéis como a rotina de quem vive por viver
e não faz planos pra não sofrer.

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