Já tarde apreciando a meia lua tua enquanto dormes,
vejo que a lua inteira imponente brilhando no céu
hoje ofusca boa parte das estrelas.
Ela é tão forte que nem a hora é meia
se posta inteira como deve ser.
E pelo céu dos meus devaneios mais secretos
eu desço procurando algo que ainda é meu, passeio em constelações,
me perco entre os corações passados, partidos, achados, perdidos.
E no ninho da lua e estrela então, desandei a viajar
e viajei melhor, sem delírios, sem me entorpecer,
mas de qualquer jeito acabo que caio sempre estagnado e feliz
surfando nas mil galáxias e formas do teu corpo nu...
Que conheço em palma; palmo a palmo
dos desejos, toques, medos, seus anseios
saltiados pelas reações e ações venéreas
arrepios, ruídos, cupídos, flechas...
Enquanto lá de cima ela embala ciumenta
os nossos amassos, seus laços de lingua,
teus beijos marcados nas minhas roupas
coisas loucas, nossas coisas loucas.
E do além, sem avisar, sem nem dizer
aqueles brilhos de repente invadem meus olhos que caem
como fossem fechados a força e apago tranquilo ao seu lado
Sob o brilho da lua inteira
que se mostra agora em pontas sob seu ninho de nuvens
encarando a meia lua tua que foi só minha nessa noite.
terça-feira, 31 de maio de 2011
sábado, 28 de maio de 2011
Uns dias
Eu fiquei feliz, mesmo não estando tão perto
Me fiz de bobo, mesmo sendo um cara esperto
Ficava calado, só pra ver você falar
Ouvia teus problemas, teus poemas, teus dizeres de amor
Uns dias atrás, eu tava tão sem chão pra ir
Mas com você tudo mudou
Não sei por que, não escolhi
Uns dias atrás, eu tava tão sem chão pra ir
Mas com você, me senti moleque de novo
Sem vergonha de pedir socorro, de salgar os olhos pra sentir
Teu sorriso estampado, minhas falácias, tuas caras
Nossas risadas embreagadas,
Nesse palco de vários olhares perdidos
Tantos sentidos no chão, tantos sentimentos vãos
Que dão cor ao ar, sabor a água clara, e pula aos olhos o que não se vê
Nessas noites tardes, dias de amor pra te ter, te querer
Poder te fazer carinho, olhar você dormir
Ver seus olhos dizerem sutilmente "vem pra mim"
Fazer você sorrir, sentir mulher sem se despir
Uns dias atrás eu tava tão sem chão para seguir
Mas com você...
Me fiz de bobo, mesmo sendo um cara esperto
Ficava calado, só pra ver você falar
Ouvia teus problemas, teus poemas, teus dizeres de amor
Uns dias atrás, eu tava tão sem chão pra ir
Mas com você tudo mudou
Não sei por que, não escolhi
Uns dias atrás, eu tava tão sem chão pra ir
Mas com você, me senti moleque de novo
Sem vergonha de pedir socorro, de salgar os olhos pra sentir
Teu sorriso estampado, minhas falácias, tuas caras
Nossas risadas embreagadas,
Nesse palco de vários olhares perdidos
Tantos sentidos no chão, tantos sentimentos vãos
Que dão cor ao ar, sabor a água clara, e pula aos olhos o que não se vê
Nessas noites tardes, dias de amor pra te ter, te querer
Poder te fazer carinho, olhar você dormir
Ver seus olhos dizerem sutilmente "vem pra mim"
Fazer você sorrir, sentir mulher sem se despir
Uns dias atrás eu tava tão sem chão para seguir
Mas com você...
Matar o sábado
Eu vou matar o sábado,
hoje ninguém me tira daqui.
Eu vou matar o sábado,
vai ser uma pena se o sol sair...
Hoje eu acordei na maior lombra,
mó preguiça de viver.
E não vai dar pra dormir de novo
nem ligando a TV...
Se parar pra pensar,
eu sei, vou acabar saindo.
Então eu dou um ligão no ar
pra me encolher no friozinho.
Eu vou matar o sábado,
hoje ninguém me tira daqui.
Eu vou matar o sábado,
vai ser uma pena se o sol sair...
O maçarico não desliga,
sol dando moca la fora.
Mó cabeçada na rua,
os neguinho jogando bola.
Bateu aquela fome
e o telefone hoje é pra isso.
Chama a Lara, ta pensando... Não, não é nada disso!
Sanduba e açaí pra cair bem, meu bem,
traz um sorvete e um filminho só pra ficar juntinho.
Na onda de casalzinho, sem sufocação,
muito amor e o que mais vier porque contigo tudo é bom.
Eu vou matar o sábado,
hoje ninguém me tira daqui.
Eu vou matar o sábado,
vai ser uma pena se o sol sair...
Ta sobrando volta no relógio,
quase vinte e mais um pouco
e eu to solto, solto, eu to solto demais...
Que fase, tu vai dizer,
e eu vou dizer que é assim que é...
Eu tenho tempo pra caralho
já assisti até o filme do Pelé.
Eu vou matar o sábado
hoje ninguém me tira daqui.
Eu vou matar o sábado
vai ser uma pena se o sol sair...
hoje ninguém me tira daqui.
Eu vou matar o sábado,
vai ser uma pena se o sol sair...
Hoje eu acordei na maior lombra,
mó preguiça de viver.
E não vai dar pra dormir de novo
nem ligando a TV...
Se parar pra pensar,
eu sei, vou acabar saindo.
Então eu dou um ligão no ar
pra me encolher no friozinho.
Eu vou matar o sábado,
hoje ninguém me tira daqui.
Eu vou matar o sábado,
vai ser uma pena se o sol sair...
O maçarico não desliga,
sol dando moca la fora.
Mó cabeçada na rua,
os neguinho jogando bola.
Bateu aquela fome
e o telefone hoje é pra isso.
Chama a Lara, ta pensando... Não, não é nada disso!
Sanduba e açaí pra cair bem, meu bem,
traz um sorvete e um filminho só pra ficar juntinho.
Na onda de casalzinho, sem sufocação,
muito amor e o que mais vier porque contigo tudo é bom.
Eu vou matar o sábado,
hoje ninguém me tira daqui.
Eu vou matar o sábado,
vai ser uma pena se o sol sair...
Ta sobrando volta no relógio,
quase vinte e mais um pouco
e eu to solto, solto, eu to solto demais...
Que fase, tu vai dizer,
e eu vou dizer que é assim que é...
Eu tenho tempo pra caralho
já assisti até o filme do Pelé.
Eu vou matar o sábado
hoje ninguém me tira daqui.
Eu vou matar o sábado
vai ser uma pena se o sol sair...
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Tempos atrás
Há tempos me perco em sonhos de um passado,
são mais lembranças do que sonhos, mas já parecem tão distantes...
Não consolam, não fazem feliz.
Só apertam meu peito e me partem sem dó.
São sorrisos de uns tempos de pureza
São os escritos no caderno, os rabiscos na mesa...
As broncas, as tias, os beijos, bochechas, caretas, as horas pra voltar!
As brincadeiras, correrias, tapetes...
os copos de vidro e pedidos de cuidado para não quebrar.
Até as brigas sem motivação,
hoje são presentes em forma de lembrança, recordação
de sentimento que bate; e é tão...
Tão forte não poder viver...
de novo.
Tão forte a impotencia de não ser...
como era antes.
Há tempos, fazem-me falta os sorrisos
momentos ingênuos sem atritos, os carinhos sem motivo,
os olhares, a inocência, as músicas e os apelidos...
E em tempo me vejo agora...
soluçando, chorando baixinho, jogando essa falta fora.
Pra lembrar dos tempos que eu fui mais feliz.
Pra lembrar que todo fruto ruim algum dia já foi raiz...
Foi puro... foi só sonhos... foi orgulho.
são mais lembranças do que sonhos, mas já parecem tão distantes...
Não consolam, não fazem feliz.
Só apertam meu peito e me partem sem dó.
São sorrisos de uns tempos de pureza
São os escritos no caderno, os rabiscos na mesa...
As broncas, as tias, os beijos, bochechas, caretas, as horas pra voltar!
As brincadeiras, correrias, tapetes...
os copos de vidro e pedidos de cuidado para não quebrar.
Até as brigas sem motivação,
hoje são presentes em forma de lembrança, recordação
de sentimento que bate; e é tão...
Tão forte não poder viver...
de novo.
Tão forte a impotencia de não ser...
como era antes.
Há tempos, fazem-me falta os sorrisos
momentos ingênuos sem atritos, os carinhos sem motivo,
os olhares, a inocência, as músicas e os apelidos...
E em tempo me vejo agora...
soluçando, chorando baixinho, jogando essa falta fora.
Pra lembrar dos tempos que eu fui mais feliz.
Pra lembrar que todo fruto ruim algum dia já foi raiz...
Foi puro... foi só sonhos... foi orgulho.
terça-feira, 24 de maio de 2011
Só até acordar
Ver-te em sono profundo ao meu lado
Remete aos teus momentos de total desacato
Desacato somente aos teus encantos
Em noites de mulamba que adoras reviver
Te sigo, te amo, te vivo, já faz anos
E sim, ja fomos felizes quem sabe...
Me diga se estiver sóbria,
Se tem apresso por estas sobras
Se quer ainda viver as sombras
E desaba, está em escombros
Ah menina,
Ah se eu fosse seu de novo...
Hoje eu te redescobria
E começava pelos ombros
Passeava pelas costas, aquelas divinas constelações
Os sinais, arrepios, teus olhos, covinhas, sorriso...
Ah, não sou...
Me esquivo, endureço e não te atiço
Permaneces intocada, só ternura, só ternura...
Até acordar.
Remete aos teus momentos de total desacato
Desacato somente aos teus encantos
Em noites de mulamba que adoras reviver
Te sigo, te amo, te vivo, já faz anos
E sim, ja fomos felizes quem sabe...
Me diga se estiver sóbria,
Se tem apresso por estas sobras
Se quer ainda viver as sombras
E desaba, está em escombros
Ah menina,
Ah se eu fosse seu de novo...
Hoje eu te redescobria
E começava pelos ombros
Passeava pelas costas, aquelas divinas constelações
Os sinais, arrepios, teus olhos, covinhas, sorriso...
Ah, não sou...
Me esquivo, endureço e não te atiço
Permaneces intocada, só ternura, só ternura...
Até acordar.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Segunda feira
Não me dê bom dia, não mande eu me apressar.
Não me pergunte as horas, nem me acorde pra jantar.
Não fale comigo, não me mande levantar.
Não me peça nada que eu precise me esforçar.
Domingo maldito,
segunda feira tristeza.
Não me note,
sou só um lugar vazio à mesa.
Não conte piadas, não pise forte no chão.
Não faça ruídos, não arranhe um violão.
Não fale de futebol, não me cubra com lençol.
Não entre sem bater, não bata só pra me ver.
Domingo maldito,
segunda feira tristeza.
Não me ligue,
e tirem as facas da mesa.
Não conte dias e meses, não espere interesse.
Não diga nunca o que devo fazer.
Não me venha com teorias, não me fale das suas tias.
Não pense que eu quero saber.
Domingo maldito,
segunda feira tristeza.
Não force o decote,
ainda sou fã de pureza.
Não esteja sorridente, não estou nem pro presidente.
Não sou obrigado a viver.
Não fale que sou mau humorado, não preciso ser engraçado.
Não pense que eu vou ceder.
Não me pergunte as horas, nem me acorde pra jantar.
Não fale comigo, não me mande levantar.
Não me peça nada que eu precise me esforçar.
Domingo maldito,
segunda feira tristeza.
Não me note,
sou só um lugar vazio à mesa.
Não conte piadas, não pise forte no chão.
Não faça ruídos, não arranhe um violão.
Não fale de futebol, não me cubra com lençol.
Não entre sem bater, não bata só pra me ver.
Domingo maldito,
segunda feira tristeza.
Não me ligue,
e tirem as facas da mesa.
Não conte dias e meses, não espere interesse.
Não diga nunca o que devo fazer.
Não me venha com teorias, não me fale das suas tias.
Não pense que eu quero saber.
Domingo maldito,
segunda feira tristeza.
Não force o decote,
ainda sou fã de pureza.
Não esteja sorridente, não estou nem pro presidente.
Não sou obrigado a viver.
Não fale que sou mau humorado, não preciso ser engraçado.
Não pense que eu vou ceder.
domingo, 22 de maio de 2011
Besteiras
O sono não vem, já bateu 3 horas e nada do olho cair
pensando nas besteiras que te disse e nas inúmeras que ainda vou dizer.
Não é carnaval.
E o dia não veio, desconfio que hoje é segunda-feira,
mas isso pouco importa, eu nem tenho frases feitas.
Então... fecha porta, liga o ar, de conchinha só pra não desencantar
teu cheiro no meu travesseiro, já são 6 horas e nem aí pro dia...
Clareia, clareia que eu mando apagar!
Fecho a cortina e dou adeus pro sol
e se o mundo esquecer de nós...
Vamos embora...
vamos embora, pra debaixo dos lençois.
pensando nas besteiras que te disse e nas inúmeras que ainda vou dizer.
Não é carnaval.
E o dia não veio, desconfio que hoje é segunda-feira,
mas isso pouco importa, eu nem tenho frases feitas.
Então... fecha porta, liga o ar, de conchinha só pra não desencantar
teu cheiro no meu travesseiro, já são 6 horas e nem aí pro dia...
Clareia, clareia que eu mando apagar!
Fecho a cortina e dou adeus pro sol
e se o mundo esquecer de nós...
Vamos embora...
vamos embora, pra debaixo dos lençois.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Gente escura
Vejo gente branca tão escura que me dói só de olhar,
perdidos na lama de um tipinho que me faz querer matar.
Só desfilando pelas ruas, sempre de nariz pro alto,
e nos pés vão seus princípios, escondidinhos se arrastando no asfalto.
Mas hoje isso pouco importa,
eu já não vejo pessoas faz tempo, só vejo esses vultos em série.
Os verdadeiros assassinos da alma,
protagonistas de um genocídio astral,
transmitido no horário nobre em rede nacional.
E ainda que fora do tempo,
bate a dor de ser tão fraco, de ser tão rato.
E ai, pra serem, digo...
Só pra parecerem menos medíocres,
escolhem as ideologias mais baratas, discursos em promoção,
pagam quando podem, em 12 vezes no cartão.
São cachorros, cachorras sem alma,
latinos vira-latas, caninos que vivem, matam e morrem pela plata.
E eu falo sem pena por que já faz tempo não tenho bandeira,
sempre fui boca seca, sem papas, sem média.
Não amo ninguém...
Não vejo quem mereça isso de graça assim.
Não amo ninguém...
Porque na real eu só não sei viver sem mim.
perdidos na lama de um tipinho que me faz querer matar.
Só desfilando pelas ruas, sempre de nariz pro alto,
e nos pés vão seus princípios, escondidinhos se arrastando no asfalto.
Mas hoje isso pouco importa,
eu já não vejo pessoas faz tempo, só vejo esses vultos em série.
Os verdadeiros assassinos da alma,
protagonistas de um genocídio astral,
transmitido no horário nobre em rede nacional.
E ainda que fora do tempo,
bate a dor de ser tão fraco, de ser tão rato.
E ai, pra serem, digo...
Só pra parecerem menos medíocres,
escolhem as ideologias mais baratas, discursos em promoção,
pagam quando podem, em 12 vezes no cartão.
São cachorros, cachorras sem alma,
latinos vira-latas, caninos que vivem, matam e morrem pela plata.
E eu falo sem pena por que já faz tempo não tenho bandeira,
sempre fui boca seca, sem papas, sem média.
Não amo ninguém...
Não vejo quem mereça isso de graça assim.
Não amo ninguém...
Porque na real eu só não sei viver sem mim.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Eclesiastes sem fiéis
Alimentado por falsas esperanças
De um futuro só... De um futuro só sorrisos!
Leve, leve, leve calma e mar... Pra sempre!
De baixo do mesmo sol
dez anos ou mais, no mesmo lugar
9 e tal, 10 e mais um pouco
Pra ver, pra guardar,
Vender lembranças pra quem não quer mais comprar
Eclesiastes sem fiéis, todos estão só de passagem
Só pra se desencontrar! Contar sua versão de tudo
Alimentado por lampejos de lucidez... Que ninguém vê!
E alguns olhos que passaram e ficaram... Pra sempre!
Guardado por seus anjos, estacados nos lugares certos
Zona de conforto, poucos conseguem se manter tão... Vivo e morto!
Alimentado pelos traços, seduzido por coisas pequenas
Que moram nos espaços claros, nos cantos, nas palmas de cor
Nos horizontes, nos que pregam a calma, o sabor,
Nas areias dos palcos da arte de viver sem sombrear a alma
Alimentado de desejos, e medo de se perder
De acabar sozinho... Aonde mais amou!
De um futuro só... De um futuro só sorrisos!
Leve, leve, leve calma e mar... Pra sempre!
De baixo do mesmo sol
dez anos ou mais, no mesmo lugar
9 e tal, 10 e mais um pouco
Pra ver, pra guardar,
Vender lembranças pra quem não quer mais comprar
Eclesiastes sem fiéis, todos estão só de passagem
Só pra se desencontrar! Contar sua versão de tudo
Alimentado por lampejos de lucidez... Que ninguém vê!
E alguns olhos que passaram e ficaram... Pra sempre!
Guardado por seus anjos, estacados nos lugares certos
Zona de conforto, poucos conseguem se manter tão... Vivo e morto!
Alimentado pelos traços, seduzido por coisas pequenas
Que moram nos espaços claros, nos cantos, nas palmas de cor
Nos horizontes, nos que pregam a calma, o sabor,
Nas areias dos palcos da arte de viver sem sombrear a alma
Alimentado de desejos, e medo de se perder
De acabar sozinho... Aonde mais amou!
domingo, 15 de maio de 2011
Ainda sonho...
Ainda sonho com a união
Latino-americana
Pelos índios de gravata
Nessa savana democrata
O ouro não vem verde da serra
E "el dorado" ta na mão do Dr.
Na rodoviária das guerras
Aportam navios
Que pariram mortes e levaram o amor
A família arma o coito
Mas distribuem sorrisos na ceia
Há uns anos atrás
O que eu penso daria cadeia
Estamos na América
Um plano de fuga do quartel
Ignorância remunerada
To casando, e não preciso ser fiel
Mas eu ainda costumo cantar Vandré
Vez por semana ir de camêlo até a sé
Tenho que pensar pra frente
Tenho que ter fé nessa gente
Me consideram um vencedor
As vezes penso até que tenho algum valor
Me consideram um vencedor
Mas ainda acho que me falta algum sabor
Estamos na América
Um plano de fuga do quartel
Ignorância remunerada
To casando, e não preciso ser fiel.
Latino-americana
Pelos índios de gravata
Nessa savana democrata
O ouro não vem verde da serra
E "el dorado" ta na mão do Dr.
Na rodoviária das guerras
Aportam navios
Que pariram mortes e levaram o amor
A família arma o coito
Mas distribuem sorrisos na ceia
Há uns anos atrás
O que eu penso daria cadeia
Estamos na América
Um plano de fuga do quartel
Ignorância remunerada
To casando, e não preciso ser fiel
Mas eu ainda costumo cantar Vandré
Vez por semana ir de camêlo até a sé
Tenho que pensar pra frente
Tenho que ter fé nessa gente
Me consideram um vencedor
As vezes penso até que tenho algum valor
Me consideram um vencedor
Mas ainda acho que me falta algum sabor
Estamos na América
Um plano de fuga do quartel
Ignorância remunerada
To casando, e não preciso ser fiel.
sábado, 14 de maio de 2011
Deslizes
Harmonioso é o silêncio que corta os ouvidos
que canta canções só a dois, só nós dois...
Eu e ela, e um céu sem fim no mar,
parecem nuvens brancas, mas são ondas,
e batem na lua deserta em meio ao caos desses precipícios sociais.
E os tais, nas suas coberturas,
cobrem mundos, mundos mudos, falsos leblons.
Ao som do silêncio da manhã
e em meio a tantos ideais perdidos,
tantos choros, tantos risos...
Eu me afogo numa xícara de café,
sujo minhãs mãos com o sangue capital do jornal,
que mal... que mal tem?
Mal nenhum... mal nenhum a não ser a mim mesmo.
Mas o silêncio me trai de repente,
num grito insano, ruim,
e era só mais um, mais um eu do lado,
que queria deixar de amar, deixar de sonhar,
escrever só um final feliz, uma história real...
Sem mal nenhum nas calçadas e mesas de bar
nas pilastras e pedras redondas esculpidas pelo mar,
sem mal nenhum nos canudos, tirinhos e sedas queimadas,
nas viagens e dores anestesiadas, esculpidas pelo amor.
E feito poeta, eu vivo vivendo milagres,
cantando os desmaios, os deslizes de Deus,
orvalhos, ensaios simples,
dos que veem e não sabem,
de toda beleza que canta por si.
Menor esforço...
Só ando torto pra enxergar melhor o mundo,
só vivo torto pra que me chamem de vagabundo.
Menor esforço...
Vivo assim sem cessar, sem negar um só verso
ao mais simples deslize que é uma lágrima de flor.
Não é orvalho, nem ato falho,
é a tristeza de um lugar ao sol
com tanta sombra por ai.
E de encontro à outros,
em passos cordiais e sem valor
eu vivo só de esmola... vivo feito um beija flor.
Esse é o meu mundo, meu mundo mudo
cruel e feliz...
Esse é o meu jeito,
meu jeito tolo...
Não ver defeito,
pesar sempre os olhos pra quem não me faz feliz.
que canta canções só a dois, só nós dois...
Eu e ela, e um céu sem fim no mar,
parecem nuvens brancas, mas são ondas,
e batem na lua deserta em meio ao caos desses precipícios sociais.
E os tais, nas suas coberturas,
cobrem mundos, mundos mudos, falsos leblons.
Ao som do silêncio da manhã
e em meio a tantos ideais perdidos,
tantos choros, tantos risos...
Eu me afogo numa xícara de café,
sujo minhãs mãos com o sangue capital do jornal,
que mal... que mal tem?
Mal nenhum... mal nenhum a não ser a mim mesmo.
Mas o silêncio me trai de repente,
num grito insano, ruim,
e era só mais um, mais um eu do lado,
que queria deixar de amar, deixar de sonhar,
escrever só um final feliz, uma história real...
Sem mal nenhum nas calçadas e mesas de bar
nas pilastras e pedras redondas esculpidas pelo mar,
sem mal nenhum nos canudos, tirinhos e sedas queimadas,
nas viagens e dores anestesiadas, esculpidas pelo amor.
E feito poeta, eu vivo vivendo milagres,
cantando os desmaios, os deslizes de Deus,
orvalhos, ensaios simples,
dos que veem e não sabem,
de toda beleza que canta por si.
Menor esforço...
Só ando torto pra enxergar melhor o mundo,
só vivo torto pra que me chamem de vagabundo.
Menor esforço...
Vivo assim sem cessar, sem negar um só verso
ao mais simples deslize que é uma lágrima de flor.
Não é orvalho, nem ato falho,
é a tristeza de um lugar ao sol
com tanta sombra por ai.
E de encontro à outros,
em passos cordiais e sem valor
eu vivo só de esmola... vivo feito um beija flor.
Esse é o meu mundo, meu mundo mudo
cruel e feliz...
Esse é o meu jeito,
meu jeito tolo...
Não ver defeito,
pesar sempre os olhos pra quem não me faz feliz.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
terça-feira, 10 de maio de 2011
Paraíso
Cada vez mais eu acredito
que um paraíso só se faz a dois.
E olha que já faz tempo
eu ainda me lembro quando paisagens eram palcos pro amor.
E as pistas molhadas de chuva e lágrimas,
que saltavam dos olhos pra viver,
diziam querer conhecer o mundo também.
Cada vez mais eu acredito...
e mesmo que arredio, sei que só o sol não vai resolver,
e nem o mar, nem o céu, nem os mil e um destinos que eu possa tomar.
Nada disso vai valer, nada disso pode me fazer feliz.
Mas me acostumei a saborear a paisagem,
treinei meus olhos pra amar esse lugar,
cada centímetro, pedra, e raiz.
Cada paralelepípedo aqui me diz
que existe alguma coisa que há de se levar pra sempre.
Ensinamentos que eu não posso recordar,
coisas que vivi, que deixei pra trás.
Muitas sem querer, outras só pra matar e esquecer por lá.
Sozinho os sons sombrios
e as letras nas estrelas formando palavras esquisitas.
Momentos estranhos,
seus olhos cheios de mar,
as ruas escuras e as luzes lá de cima...
Cada vez mais eu acredito
que já fui, mas voltei do paraíso.
que um paraíso só se faz a dois.
E olha que já faz tempo
eu ainda me lembro quando paisagens eram palcos pro amor.
E as pistas molhadas de chuva e lágrimas,
que saltavam dos olhos pra viver,
diziam querer conhecer o mundo também.
Cada vez mais eu acredito...
e mesmo que arredio, sei que só o sol não vai resolver,
e nem o mar, nem o céu, nem os mil e um destinos que eu possa tomar.
Nada disso vai valer, nada disso pode me fazer feliz.
Mas me acostumei a saborear a paisagem,
treinei meus olhos pra amar esse lugar,
cada centímetro, pedra, e raiz.
Cada paralelepípedo aqui me diz
que existe alguma coisa que há de se levar pra sempre.
Ensinamentos que eu não posso recordar,
coisas que vivi, que deixei pra trás.
Muitas sem querer, outras só pra matar e esquecer por lá.
Sozinho os sons sombrios
e as letras nas estrelas formando palavras esquisitas.
Momentos estranhos,
seus olhos cheios de mar,
as ruas escuras e as luzes lá de cima...
Cada vez mais eu acredito
que já fui, mas voltei do paraíso.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Deposto
Já faz tempo que vejo beleza em lugares estranhos,
que vejo o mal como o bem disfarçado.
Normal pra quem vive das dores,
pra quem joga nas letras a alma sem cores,
em versos que doem por serem reais.
Já faz tempo que noto em mim um tom meio curtido,
de formas disformes, sorrisos envelhecidos...
Não que me importe, mas me soa sofrível
sentir que desgasto pela meta,
sentir que me acho onde outros se perdem.
Já faz tempo que me sinto oposto,
deposto do posto de meu comandante...
Guiado por almas que cruzam o meu caminho
nem boas, nem más...
Almas que só insistem em jamais me deixar sozinho
E o que posso fazer, se nem em sonhos sonhei
que um dia o meu maior feito seria sofrer.
E o que posso fazer, se nem em sonhos sonhei
que um dia meu maior desejo seria sofrer.
que vejo o mal como o bem disfarçado.
Normal pra quem vive das dores,
pra quem joga nas letras a alma sem cores,
em versos que doem por serem reais.
Já faz tempo que noto em mim um tom meio curtido,
de formas disformes, sorrisos envelhecidos...
Não que me importe, mas me soa sofrível
sentir que desgasto pela meta,
sentir que me acho onde outros se perdem.
Já faz tempo que me sinto oposto,
deposto do posto de meu comandante...
Guiado por almas que cruzam o meu caminho
nem boas, nem más...
Almas que só insistem em jamais me deixar sozinho
E o que posso fazer, se nem em sonhos sonhei
que um dia o meu maior feito seria sofrer.
E o que posso fazer, se nem em sonhos sonhei
que um dia meu maior desejo seria sofrer.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
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